domingo, 1 de dezembro de 2024

NOITE FELIZ DE SÁBADO NO FASC 2024, E SONHANDO COM OUTRA NOITE FELIZ DE NATAL NA PRAÇA SÃO FRANCISCO.

a esquerda, Jesse James, irmão. Ao centro, Irene Smith, companheira de vida.

 Ontem (30/11/2024). sábado,  tarde e noite, percorremos algumas ruas e fomos a alguns lugares do centro histórico de São Cristóvão em tempos de Fasc, junto com mais três familiares. E foi muito bom. Nossos agradecimentos a todos e todas  que se empenharam na realização do evento, com destaque para o prefeito Marcos Santana, o qual esteve junto as pessoas e organizações que se reuniram no movimento pró retomada do FASC em 2011/2012, antes mesmo de ser eleito prefeito da cidade em 2016.

 Lembro de ter sido  a  época de uma gestão da cidade mais à direita, tipo  "centrão",  com a decana da intelectualidade sergipana a frente da secretaria municipal de cultura, Aglaé Fontes, afirmando nas entrelinhas da reportagem acima, que o festival dependeria  mais da decisão do  ministério da cultura do que da prefeitura da cidade de São Cristóvão para ser realizado. O que não era verdade, como provou a atual gestão da prefeitura de São Cristóvão que realizou o festival mesmo no tempo de presidentes que lembram o rei mal coroado da  "Canção da Despedida" , os tiranos mal disfarçados,  Temer e Bolsonaro.

 A nossa ida ao FASC dessa vez foi realizada ao estilo das produções culturais que fazemos, combinado antecipadamente o motorista e o carro que iria nos levar, a escolha do dia e do horário, o convite as pessoas da Ação Cultural, incluindo os familiares, o horário de saída e de chegada, a combinação prévia do que iriámos assistir e as pessoas que visitaríamos,  e desse modo conseguimos chegar e sair a contento.

As visitas que fizemos recaíram sobre duas pessoas idosos com idade em torno dos 90 anos, mas gozando de boa saúde e alguma limitação,  a tia Dozinha e seu Jorge. 

A escolha dos eventos recaiu sobre o show em formato acústico "Sertões da Gente" com Nino Karvan & Heitor Mendonça e o show do Felipe Catto.

Aqui,  transmissão do show "Sertões da Gente" realizado pela página facebook "Sergipe Acontece".

Aquio show  "Filipe Catto canta Gal"  no Centro Cultural São Paulo.

a direita, Seu Jorge

Na sexta-feira, tivemos conhecimento e recebemos convite para participar de um sarau de poesias que contaria com a presença do amigo e poeta Jaci Farias. E já no sábado,  na pausa para um chopp,  fomos avisados de que haveria uma apresentação da compositora e intérprete Joésia Ramos.



Por isso constatei que está havendo uma programação alternativa proposta e realizada por agentes culturais da cidade e de fora. 

O que é bom, não dá para depender unicamente da programação governamental, e novas  possibilidades de captação há, como a Politica Nacional de Cultura Aldir Blanc (PNAB) e a Lei Roaunet Nordeste.

Uma observação sobre o FASC presente e futuro, me veio à mente com base no clima de liberdade instalado na cidade, mesmo que relativa e mesmo com o  estranhamento de algumas pessoas que moram por lá e da parte de alguns visitantes. 

Uma situação que se sucede desde o primeiro Fasc em 1972, embora tenha diminuído com o tempo e com as transformações operadas  por fora do FASC. Afinal, avanços comportamentais em termos significativos foram obtidos no que diz respeito ao uso recreativo da maconha, da liberdade e representatividade  feminina, das relações homoafetivas e etc..

 E isso explica o porquê da cultura ser tão perseguida pela extrema direita e tratada principalmente como mercadoria pela direita neoliberal e desprovida de sentido ético e estético mais profundo.

E no caso do FASC a opção é por uma vertente marcadamente cultural,com os pés fincados na tradição, mesmo de forma relativa,  como o espetáculo "Sertões da Gente" e na contemporaneidade, mesmo de forma também relativa,  como o show apresentado por Felipe Catto, ancorado em canções icônicas de Gal Costa.

Isso explica a sensação de tranquilidade e segurança que a cidade respirava,  e nem contava com a presença ostensiva da policia.

E uma outra  noite feliz , desta vez a de natal na Praça São Francisco,  pode ser com algo assim:


ou assim:

E a festa só termina com um cortejo e bailão no dia de Santos Reis, (o6 de janeiro). Uma tradição bem forte em São Cristóvão, mas que vem diminuindo com o tempo e que quase já não existe.

Abaixo a transmissão ao vivo dessa noite de domingo pela página  Sergipe Acontece
Reggae jamaicano no FASC! Aqui é cultura popular! Aqui é Sergipe! AQUI

Amigos (as), estou com problema para entrar na conta em que publicava no blog da cultura em razão da  plataforma blogger ser do gmail  e o email que usava para acessar ser Yahoo. Já que esqueci  a senha e ainda precisei entrar por outro computador , por conta de problemas no que usava, o qual foi para o conserto.

Como as plataformas estão cheias de problemas com segurança por causa do hackers, vou ter que aguardar um prazo mais longo para poder voltar a ter acesso, segundo informação do Yahoo.  Mas como disponho de um blog inativo na conta gmail, estarei utilizando este por um tempo. Quando voltar a ter acesso ao blog antigo, transfiro os arquivos novos para o blog original.

O blog antigo continua podendo ser acessado.. Só não sofrerá atualização por um tempo.

Zezito de Oliveira

MEMÓRIAS DO FASC (1) O FASC EM MINHA VIDA

 

Em meados da década de 80, um pai de família sergipano, que residia no Rio de Janeiro, decidiu retornar com a família ao seu Estado de origem. O seu filho mais velho, um menino que amava os Beatles, Chico Buarque/Caetano Veloso e a Cor do Som, sentiu-se muito inquieto em retornar para um “deserto cultural” onde prevalecia um modo de fazer política fundamentado nos valores e atitudes  típicos do mau e velho sistema do coronelismo.

Para chegar a estas conclusões, o menino partiu dos assuntos dominantes nas rodas de conversas das tias e tios, que às vezes visitavam seus pais, das leituras dos jornais alternativos, a exemplo do Pasquim e outros, e ainda dos jornalões (O Globo e o JB).

Mas, quando tudo está ou parece perdido, sempre existe uma luz, como disse pouco depois um jovem compositor, e o menino se deparou com o Festival de Arte de São Cristóvão, conhecido também como FASC, e aí, quando era tempo do festival, o menino se sentia bastante iluminado culturalmente.

Isso ocorria pelo fato de o FASC lhe recordar as temporadas populares de teatro (vamos comer teatro), os projetos de acesso à música popular (seis e meia), a música clássica (projeto aquarius), os cineclubes da zona sul, eventos e ambientes culturais frequentados pelo ousado menino suburbano

E no FASC o menino pode encontrar um pouco de tudo isso, e ainda melhor, concentrado em um mesmo local, em dias consecutivos, e na antiga cidade onde o menino nasceu, cenário bem propício para uma ação cultural comprometida com a qualidade, a diversidade e a democratização do acesso da população as mais diversas manifestações culturais e artísticas.

Além de curtir as atrações artísticas, nessa ocasião o menino era hóspede da sua querida vó Nanã (Sara), que residia em um casarão próximo à igreja do Rosário, local onde o menino viveu até os sete anos, quando se mudou com a família para Aracaju e, logo depois, para o Rio de Janeiro.

Das atrações artísticas do FASC, o menino tinha uma especial predileção pelas apresentações dos grupos de teatro no auditório do Colégio Paulo Sarazate, em razão da temática regionalista que predominava nos textos encenados. Por ter vivido distante do nordeste por  longos anos, precisava disso para se banhar e mergulhar nas fontes culturais de sua terra natal.

Outro momento inesquecível eram os cortejos dos grupos folclóricos, trazendo-lhe uma das poucas recordações que o tempo não apagou: a homenagem aos Santos Reis, cuja data é celebrada em janeiro.

Neste ano de 2011, o menino, agora homem feito, colabora com um grupo de moradores da cidade com o objetivo de obter dos poderes públicos o compromisso efetivo com a retomada e continuidade do FASC, suspenso em 1993 por decisão da Universidade Federal de Sergipe e retomado, de forma descontínua e em proporção reduzida, pelas administrações municipais que se sucederam desde então.

 O menino, e agora homem feito, sou eu, que depois de tantas andanças por outros lugares, sempre buscando contribuir “para a felicidade geral da nação”, agora acrescenta sua experiência de agente e educador cultural em favor da cidade que o viu nascer.

José “Zezito” de Oliveira Santos

filho de Maria Marlene e de José de Deus. (in memorian)

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

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