A rememória dos acontecimentos relativos a ditadura empresarial-militar foi interditada no âmbito do governo da chamada frente ampla liderado pelo PT.
Mas ironia histórica, neste ano em que se completa 60 amos do golpe de abril de 1964, um filme se destaca como sucesso de bilheteria e de critica, fazendo com que o assunto termine em alta neste ano que finda, também reforçado pelas revelações aterradoras do relatório da policia federal sobre a tentativa de golpe no 08 de janeiro de 2023 o qual estava sob segredo de justiça, reforçando e complementando "Ainda estou aqui" o que foi realizado durante este ano, principalmente por universidades, editoras, cineclubes e canais progressistas de comunicação, como pode ser constatado nesse link.
E outra ironia, é um filme, Ainda estou aqui, inspirado em uma obra literária, mostrar para um setor da esquerda que menospreza, a importância da arte e da cultura na disputa pela memória e pelo imaginário, um setor que não investe, ou investe pouco, no cultivo de uma cultura de esquerda com um viés mais lúdico, mais criativo e mais acolhedor.
BRASIL EM TRANSE. COMO SAIR DESSE ESTADO?
Uma disputa antiga de percepção, conforme mostra esse vídeo de Caetano Veloso em 1968 no Teatro Tuca (PUC-SP). "É proibido, proibir". "Se vocês forem em politica como são em estética, estamos feitos." E mais, AQUI.
O que há tempos foi percebido pelas religiões, cada uma a seu modo, o que faz com que seja naturalizado a dança e a música étnica nas de matrizes africanas, da iconografia e da música clássica e popular no catolicismo e do canto coral e mais recentemente da música pop, no caso recente das igrejas evangélicas.
E na esteira do sucesso de "Ainda estou aqui", acontece esta semana o relançamento do filme Feliz Ano Velho baseado em outra obra literária de Marcelo Rubens Paiva, também autor da obra literária que deu origem ao primeiro .
Da parte da Ação Cultural, realizamos em 2024 duas lives sobre o papel da arte e dos artistas no enfrentamento e busca de superação da ditadura empresarial-militar de 1964 em Sergipe, e esta temática prosseguirá em 2025 porque "Ainda estou aqui" é uma luta eterna. Basta lembrar o que acontece no Brasil e no mundo desde o inicio do século XXI, em especial a partir do primeiro governo Trump e do governo Bolsonaro. Assista AQUI
Nenhum comentário:
Postar um comentário