BAILE DO MENINO DEUS CHEGA ÀS CASAS BRASILEIRAS NO NATAL (2020).
De forma inédita, espetáculo consagrado que reúne milhares de turistas e conterrâneos no Marco Zero do Recife, vira filme dirigido pela cineasta Tuca Siqueira e Pedro Sotero.
Em um momento de isolamento social vivido no mundo inteiro, o Baile do Menino Deus convida os brasileiros para “abrirem suas portas” para a chegada do “Menino Divino”. Espetáculo natalino, produzido pela Relicário Produções com a coordenação geral de Carla Valença, e dirigido por Ronaldo Correia de Brito, que reúne milhares de turistas e conterrâneos no Marco Zero do Recife há 17 anos, se prepara para contar a história mais famosa do mundo de uma forma desafiadora. Este ano,o espetáculo que faz uma leitura lúdica do nascimento de Jesus Cristo, chegará nas casas dos brasileiros entre os dias 23 a 26 de dezembro, através de um espetáculo filme em plataformas digitais e TV. O filme também estará disponível pelo site, em formato com libras e audiodescrição.
O Baile que nunca termina, sempre principia e se recria, conta com o incentivo do Ministério do Turismo, através da Lei de Incentivo à Cultura, patrocínio doGoverno de Pernambuco, da Prefeitura do Recife, da Rede - uma empresa do Itaú, Aché Laboratórios, Tintas Sherwin- Williams, Tramontina, STN Nordeste e apoio da Inbetta, Copergás, Toyolex e Globo PE.
O longa inédito da grande ópera popular nordestina, que se orienta nas tradições de festas e representações teatrais do ciclo natalino, incorporadas às mais diversas culturas do Brasil, começa a ser gravado a partir desta quinta-feira (12) e conta com direção geral de Tuca Siqueira (Amores de Chumbo e Fashion Girl) e direção de fotografia de Pedro Sotero (premiado em Cannes com o filme Bacurau).
Produtora, roteirista e diretora de cinema, a pernambucana Tuca Siqueira iniciou sua carreira em 2003.Sua trajetória conta com diversas séries, filmes e documentários premiados. Entre eles, “Amores de Chumbo”, seu primeiro longa de ficção, considerado uma verdadeira pérola cinematográfica pela crítica.
“Eu tive a sorte de ter pais que sempre me levaram ao teatro e minha relação com a consciência do coletivo sempre foi muito forte por causa do meu envolvimento com a dança e o teatro, desde pequena", conta Tuca. "Acho que isso foi o que me levou para o audiovisual que é uma arte tão coletiva. Assisti o Baile pela primeira vez no ano passado. Me emocionou muito pela ousadia e coragem política de se apresentar uma Maria negra e um José rastafari. Tudo isso me dá muito mais orgulho de ter recebido o convite para dirigir o espetáculo. Foi um presente pra mim e será uma grande surpresa para o público", finaliza.
Diretor de fotografia desde 2006 no Recife, lugar onde desenvolveu uma consistente filmografia de curtas e longas-metragens, Pedro Sotero fotografou filmes que incluem três seleções oficiais no festival Cannes, à exemplo de“ Aquarius”,“Bacurau” e “O Som ao Redor”. Em 2018, ganhou o prêmio de melhor fotografia no SSIFF, com longa argentino “Rojo” e em 2019,trabalhou na pesquisa, roteiro e fotografia do filme instalação SWINGUERRA, obra selecionada para representar o Brasil na Bienal de Veneza e finalista do prêmio ABC 2020.
Entre os solos da peça, outro destaque é Silvério Pessoa, que estará em quatroatos. A rede de artistas do Baile também conta com a participação do Bongar, grupo de percussionistas e cantores do Terreiro Xambá, que apresentará, o talento Guilherme, percussionista de apenas cinco anos,filho de Guitinho de Xambá,que traz toda a representativida de negra que vem do Quilombo Urbano do Portão do Gelo, para o espetáculo. O corpo de baile, composto por onze bailarinos, também está renovado, bem como o figurino e a cenografia.
Carla Valença e Ronaldo Correia de Brito oficializaram a ideia de transformar o espetáculo em filme no mês de agosto. O conceito veio da diretora de arte Sephora Silva.“Estremecemos só em pensar, mas partimos para o desafio de realizar três produções, dentro de uma mesma e gigante produção, que é a do Baile, para não deixar o público sem o espetáculo”, comenta Ronaldo.
A proposta do espetáculo filme do Baile é encenara a presentação da mesma forma que ela é todos os anos no Marco Zero, usando a linguagem do cinema sem perder nenhuma característica própria da montagem, mas trazendo novidades. "O Baile é um espetáculo de rua que se integra com a cidade no espaço do Marco Zero e trazendo o cenário para dentro do teatro a gente quis trazer a cidade como cenário para o fundo do teatro", conta Sephora Silva. "Incorporamos projeções com imagens reais da cidade e animações. Serão8 cenas com projeções, desde o céu divino na cena do anjo, imagens diferentes de dia com um morro colorido, teremos um sertão verde próspero e animações com desenhos de Joana Lira. Também teremos um momento com uma mensagem muito importante nas cenas dos caboclinhos com a projeção da floresta amazônica e trazendo uma alerta às queimadas".
Preocupados com a segurança dos artistas e de todos os profissionais envolvidosnaprodução,asgravaçõesdoBailecontamcomtodososcritérios de segurança, exigidos em tempos de pandemia e uma equipe médica formada por cinco profissionais e dois consultores foram contratados para criar um protocolo de segurança e prevenção à Covid19.
“É um desejo mais antigo de fazer o espetáculo num formato de filme",conta Carla Valença. "Estamos felizes e ansiosos, a oportunidade de realização chegou. Quando se deu a pandemia do coronavírus, eu e Ronaldo nos reunimos com muitas pessoas com o objetivo de vislumbrar caminhos e agregar profissionais com a expertise do teatro e do audiovisual, já prevíamos a possibilidade de não poder acontecer presencialmente”. O filme também estará disponível pelo site em formato com libras e audiodescrição.
“Quebramos a cabeça, pensamos muito com toda a nossa equipe, para que a consagração de um trabalho que começou há 37 anos não fosse interrompida e que fosse realizada de forma segura para os mais de 300 artistas e profissionais envolvidos em sua realização.
A produção do espetáculo filme é assinada pela REC, produtora recifense dos sócios Chico Ribeiro e Ofir Figueiredo voltada para a criação e produção de conteúdo audiovisual. Entre as suas principais produções estão “Para Quando o Carnaval Chegar”, de Marcelo Gomes, “Tatuagem”, de Hilton Lacerda, “Viajo porque Preciso, Volto Porque Te Amo”, de Katim Ainouz e Marcelo Gomes, “Para Ter Onde Ir”, de Jorane Castro e diversos outros longas.
Em sua edição de 2019, o Baile do Menino Deus quebrou mais um recorde de público levando mais de 70 mil pessoas, de todos os lugares do país, para a Praça do Marco Zero do Recife.
Parte da Trilogia das Festas Brasileiras, que retratam manifestações populares nordestinas como, a Bandeira de São João e Arlequim de Carnaval, no Baile do Menino Deus, a dupla de “Mateus” (personagens principais) é interpretada pelos atores Sóstenes Vidal e Arilson Lopes, eles busca m uma forma de abrir a porta da casa onde estão José, Maria e o recém- nascido Jesus, para celebrar a vida em clima de festa.Uma saga que recorre a sortilégios, brincadeiras, invocação de criaturas fantásticas – como a Burrinha Zabilin, o Jaraguá e o Boi – e muita música e dança.
O que faz o Baile do Menino Deus ser único na cena natalina brasileira é o seu projeto de resgatar várias formas de celebração do Natal, que sobreviveram e se guardaram apenas no Nordeste do Brasil. Reisado, lapinha, pastoril, cavalo marinho, guerreiro, chegança, boi de reis e outras manifestações.
A 21a edição do Baile poderá ser assistida ao vivo dias 23, 24 e 25, no site www.bailedomeninodeus.com.br e no canal do Baile no youtube: www.youtube.com.br/bailedomeninodeus
Este ano, com Lia de Itamaracá e maestros Spok e Forró.
O Baile do Menino Deus: Uma brincadeira de Natal está de figurino novo para ganhar o mundo em 2024 - cores, formatos, figuras sob uma estética tropical vibrante e envolvente.
A repaginação para a festa deste ano é assinada pelo artista visual cubano radicado no Recife David Alfonso (@dvdalfonso ), experiente na representação de manifestações populares.
A nova identidade reforça a brasilidade do nosso espetáculo em contraponto a estrangeirismos comuns a outros natais.
A repaginação para a festa deste ano é assinada pelo artista visual cubano radicado no Recife David Alfonso (@dvdalfonso ), experiente na representação de manifestações populares.
A nova identidade reforça a brasilidade do nosso espetáculo em contraponto a estrangeirismos comuns a outros natais.
canções do baile AQUI
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