quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Diversos - Conjunto Jardim e Projeto Ecarte no portal Overmundo


VISTA PANORÂMICA DO CONJUNTO JARDIM - IGREJA CATÓLICA - FOTO DO ANO DE 2006.


Com arte e com afeto
Nas aldeias indígenas, as crianças e adolescentes são assumidos pelos adultos. Todos formam uma mistura de pai, tio, irmão mais velho ou primo. Lá o ditado “quem pariu Mateus, que o balance” não voga. Isso contribui para que não haja trombadinhas, mendicância, meninas prostituídas, problemas com drogas,pois o que existe são os filhos e filhas da aldeia.
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http://www.overmundo.com.br/overblog/com-arte-e-com-afeto-1
Um Jardim de Talentos
Quem conhece os adolescentes e jovens do Conjunto Jardim, apesar do destaque dado pela imprensa ao envolvimento de alguns deles com assaltos e tráfico de drogas, sabe que a maioria gosta de dançar, fazer teatro, cantar e tocar algum instrumento musical.
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O Central da Periferia na Escola
Na escola onde trabalhei até maio de 2007, a exibição do programa “Central da Periferia” causou um verdadeiro frisson. É a segunda vez que um programa em DVD causa tanto alvoroço e interesse por parte dos alunos. A primeira vez foi o filme “Uma Onda no Ar”, de Helvécio Ratton, no ano de 2005, distribuído em todo país, junto com a revista Isto É.
leia mais em:
http://www.overmundo.com.br/overblog/o-central-da-periferia-na-escola

Outro Brasil é possivel. Outro olhar é necessário.
O ditado popular diz que o que os olhos não vêem o coração não sente, embora no mundo real seja diferente, pois quem é negro, mora na periferia, com pouca estudo ou que estuda em escola pública, que ganha salário mínimo ou que está desempregado o que vê? Falta de respeito pelos direitos humanos mais elementares, o principal deles o direito a vida, quase sempre negado através da sujeira, buracos, ônibus velhos e atrasados, assaltos, mortes, escolas tristes, falta de praças e de outros espaços para a prática da cultura, do esporte e do lazer, desemprego etc...
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http://www.overmundo.com.br/overblog/outro-brasil-e-possivel-outro-olhar-e-necessario


II Mostra Arte e Cidadania em Sergipe
Surpreendente! É a melhor palavra que resume o resultado do trabalho apresentado pelos artistas e grupos das cidades de São Cristóvão, Barra dos Coqueiros, Aracaju e Nossa Senhora do Socorro, que se apresentaram na noite do sábado, 13 de janeiro de 2006, no Teatro Lourival Batista em Aracaju.

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VISTA PANORÂMICA DO CONJUNTO JARDIM - CANAL - FOTO DO ANO DE 2004

CAMPANHA DE RETOMADA DO PROJETO ECARTE

INFORME N 01 - 21/09/09

Foi dada a largada para a campanha Ação para Crianças – Projeto Oficinas Ecarte (Estatuto da Criança e do Adolescente com Arte, Foi iniciada com a distribuição de correspondência eletrônica enviada para sócios, amigos e colaboradores da Ong Ação Cultural na semana passada e com a realização de uma reunião com representantes da Ação Cultural, do Grupo de Estudos e Trabalho em Produção Cultural e da Federação de Teatro Amador do Estado de Sergipe.


APRESENTAÇÃO DO GRUPO TEATRAL ARTES EM 2004 (parceiro na época, do projeto Ecarte)

A correspondência eletrônica enviada apresentou a proposta da campanha em linhas gerais e como a Ação Cultural e parceiros poderiam participar.

Na reunião realizada no dia 19 de Setembro os encaminhamentos iniciais foram os seguintes:

Todos deverão ler o guia de mobilização de recursos disponivel no site da CESE. (Coordenadoria Ecumênica de Serviço), entidade responsável pela coordenação da campanha em nivel nacional, além de outras informações referentes a CESE e a campanha.

Como proposta de projeto a ser inscrito para participar da campanha, foi apresentado o projeto Ecarte, o qual será disponibilizado mais adiante, afim de recolher contribuições para aprimorá-lo.

Na justificativa para a apresentação do Ecarte, foi destacado o fato de ter sido bem sucedido no periodo da sua realização, como por ser um projeto que articula o interesse de diversão por parte das crianças e adolescentes, inseridos em uma açao pedagógica voltada para disseminar o conhecimento referente a um instrumento de politicas públicas, o estatuto da criança e do adolescente, além disso o projeto propõe também a ampliar o repertório de conhecimentos artistico-culturais para os componentes da faixa etária localizada entre os 9 e 18 anos.


Oficina de Dança Ecarte - Apresentação no teatro Juca Barreto (Aracaju) - 2004

Outro questão importante é o fato do Ecarte trabalhar com linguagens artisticas que não demanda investimentos muito alto em dinheiro, como o teatro, a dança, a música (flauta, canto coral e violão) e as artes plásticas (desenho e pintura), ao contrário do audio-visual por exemplo.

Em termos de áreas atendidas a pretensão é atingir o conjunto Jardim (a primeira e única em que o projeto aconteceu), o Conjunto Eduardo Gomes e o Bairro América.

Para confirmarmos a presença do projeto nestas áreas, estamos mantendo contato com artistas e outros agentes culturais da região, além de agentes sociais, afim de garantir o suporte local necessário para o sucesso da iniciativa.

No conjunto Jardim podemos contar inicialmente com a participação de dois professores ligados a Ação Cultural (o diretor-presidente e o consultor técnico da Ação Cultural) os quais trabalham em escolas da região, do padre Givanildo, o qual embora não esteja mais no local, no periodo em que atuou como pároco, apoiou com entusiamo as ações sociais, culturais, educativas e esportivas destinadas a afastar crianças e jovens do ócio destrutivo. A associação de moradores também tem demonstrando preocupação e interesse em firmar parcerias para enfrentar os graves problemas que atingem as crianças e jovens da localidade.

No conjunto Eduardo Gomes, a Ação Cultural têm uma parceria histórica com o Grupo Pro-Cena de Espetáculos e Cia de Dança Rick di Karllo. Buscaremos também em termos iniciais, o apoio de uma diretora de escola pública da comunidade e que participou dos dois grupos.

No Bairro América temos o interesse da SOCIBA (associação de moradores do campo
do vidro), bem comoo artistas e produtores culturais que são sócios e/ou colaboradores da Ação Cultural e residentes na área.

Em termos de meta para a captação financeira foi pensado o valor de R$3.000,00 (ainda em fase de avaliação) como este valor será dobrado pela CESE, o projeto totalizará R$6.000,00. Este recurso será utilizado para o pagamento de uma ajuda de custo aos oficineiros e responsáveis pela supervisão técnica artistica e pedagógica, além da compra do material artistico e pedagógico.

Esperamos com a conquista dessa meta, alavancarmos outros apoios, até mesmo para a ampliação desse valor, assim como de outras formas de colaboração, considerando o que foi aprendido no curso de elaboração de projetos para a captação de recursos, através do SEBRAE em 2008 - projeto aprovado e bem realizado atrai mais patrocinadores e/ou doadores.

Será criado um blog para divulgar, captar recursos e realizar prestação de contas. (No blog constarão textos e imagens referentes ao Projeto Ecarte, no periodo compreendido entre 2001 e 2006) e outras informações pertinente a campanha.

Em termos de resultados, o lançamento da chamada para o apoio a campanha de forma online, já atraiu a atenção de algumas pessoas fisicas. A associação de moradores do Conjunto Jardim mostrou-se interessada em analisar a proposta em assembléia geral da entidade e a SOCIBA (Bairro América) já está participando de reuniões para traçar estratégias de mobilização.

O planejamento completo da campanha, assim como a formatação final do projeto será realizado nos próximo dias e todos os detalhes serão enviados para todos (as) aqueles (as) que demostrarem interesse em colaborar. Esperamos que você que está lendo esse post seja um desses.


Oficina de Dança Ecarte - Apresentação no teatro Juca Barreto (Aracaju) - 2004


Platéia - Teatro Juca Barreto - 2004

Como surgiu o projeto Ecarte



VISTA PANORÂMICA DO CONJUNTO JARDIM - FOTO DO ANO DE 2006
Autor: Ronaldo Lima

O projeto Ecarte é fruto do 1º Fórum Comunitário de Políticas Públicas, realizado em 04 de agosto de 2001, que abordou o tema: Educação. O evento foi promovido pela Paróquia Nossa Senhoria Rosa Mística, Grêmio Estudantil Zumbi dos Palmares (na época denominado Djenal de Queiroz) e Sociedade Comunitária do Conjunto Jardim.



GRUPO ARTES EM DANÇA - FOTO DO ANO DE 2002 GENTILMENTE CEDIDA PELO JORNAL DA CIDADE

Nesse fórum de debates, além dos conferencistas, alguns grupos de teatro, dança e músicos individuais, formados por adolescentes da comunidade, foram convidados para através da arte mostrar os seus anseios e frustrações com relação ao tema.



APRESENTAÇÃO DO GRUPO TEATRAL ARTES NA I MOSTRA ARTE E CIDADANIA - MAIO DE 2004
TEATRO JUCA BARRETO (CULTART) - ARACAJU - SE. Foto de Zezito de Oliveira


Em destaque, ficou registrado na memória, o esquete teatral contestando a prática pedagógica ruim e os constantes atrasos e faltas de alguns profissionais da educação, além da falta de coerência e transparência de certos gestores. Ou dito de forma mais simples, a falta de “palavra” ou “sinceridade”.

Conforme avaliação dos participantes, a programação cultural foi um dos principais destaques, ao mesmo tempo foi percebido haver, naquele momento, uma expressiva participação de adolescentes e jovens em atividades culturais, mesmo sem disporem de informações técnicas necessária para realizar um trabalho com qualidade artistica e pedagógica mais apurada.



PROFESSOR MAXIVEL FERREIRA - DIRETOR-PRESIDENTE DA ONG AÇÃO CULTURAL (TRIÊNIO 2007/2009) - FOTO DO ANO DE 2005. Autor: Zezito de Oliveira

Por isso, foi iniciada a formação de uma rede de agentes culturais formada por adolescentes e jovens interessados em ampliar a sua atuação na área. Através das discussões na rede de agentes culturais foi produzido o projeto Ecarte, com base em três objetivos combinados entre si: Oferecer uma opção de entretenimento através das oficinas artisticas e ao mesmo tempo melhorar a qualidade da produção cultural, considerando que muitos deles nunca tiveram acesso ao conhecimento especializado e utilizar o estatuto da criança e do adolescente como tema, visando apresentá-lo como instrumento de garantia de direitos.

Esse último aspecto é muito importante porque o contexto social no qual o projeto foi realizado é marcado por uma situação de exclusão e marginalização muito grande. A grande maioria das famílias sobrevive com renda mensal de até dois salários mínimos. Um contingente expressivo sobrevive através do sub-emprego e da economia informal. Os serviços de atendimento na área da educação, creche, cultura e lazer são bastante precários, isto favorece um ambiente propicio para a violência germinar e crescer. No entanto, enquanto alguns adolescentes utilizam formas nocivas de superação dessa realidade, como é o caso das drogas, utilizada como fonte de prazer, reconhecimento perante os da mesma idade e como fuga da realidade de exclusão, outros utilizam o teatro, a dança, a música e a capoeira como forma de se divertir e marcar a sua presença no mundo.

Com a contribuição de alguns integrantes dos grupos culturais e lideranças de apoio, o projeto Ecarte foi produzido e apresentado, em fins de 2001, a Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) que doou R$3.360,00 para a realização de três oficinas artísticas (teatro, dança e coral) e três oficinas pedagógicas (identidade, arte e cidadania e Estatuto da Criança e do Adolescente). O recurso foi utilizado na ajuda de custo para oficineiros e compra de material durante os anos de 2002 e 2003.

A oficina de dança gerou o grupo de dança Ecarte, os integrantes da oficina de teatro foram convidados a se incorporarem ao já existente grupo teatral Artes e os integrantes da oficina canto coral, ao coro infantil da igreja católica. A oficina sobre o ECA (realizada em dois módulos) contribuiu para fortalecer o papel do grêmio na Escola através da ampliação da participação dos adolescentes ligados aos grupos artisticos-culturais nas atividades da entidade.



APRESENTAÇÃO DO PROJETO ECARTE (OFICINA DE DANÇA) - I MOSTRA ARTE E CIDADANIA - 2004 - TEATRO JUCA BARRETO (CULTART) - ARACAJU SE. Foto de Zezito de Oliveira

CARTA CULTURAL DA PERIFERIA

31 DE JULHO DE 2005
“Somos mestiços. Não apenas etnicamente mestiços. Somos culturalmente mestiços. Dançando o Toré sob a lua; rezando numa igreja barroca de São Cristóvão; curvadas sobre a almofada da renda de bilros; trocando objetos e valores nas feiras das periferias e do interior; depositando ex-votos aos pés dos nossos santos; dançando um gostoso forró pé de serra no Forrocaju; contemplando o mar e os coqueirais do alto da colina de Santo Antônio; dobrando o fole de uma sanfona numa noite de frio, no mês de junho; tocados pela décima corda da viola sertaneja; possuídos pelo samba de pareia da mussuca e pela dança de São Gonçalo; enfileirados nas Romarias da Terra e de Divina Pastora; o coração de tambores percutindo nos desfiles de 7 de Setembro; girando a cor e a vertigem das danças dos orixás; digerindo antropofagicamente o hip hop no caldo da embolada ou do repente. Somos irremediavelmente mestiços. A lógica da homogeneização nos oprime. Por isso gingamos o corpo, damos um passo e seguimos adiante como num drible de futebol ou numa roda de capoeira que, sem deixar de ser luta, tem alma de dança e de alegria. Como formular um projeto de Políticas Públicas de Cultura que contemple esse mosaico imperfeito? Como abrir janelas e portas e dizer: “Sergipe, mostra a tua cara!”, como na canção de Cazuza?”
Adaptação para a nossa realidade do texto introdutório do documento “A imaginação a serviço do Brasil” produzido em 2002 por artistas, intelectuais e gestores culturais e que serve de texto guia para os programas e projetos da gestão do Ministro Gilberto Gil a frente do Ministério da Cultura.

1) Somos artistas de teatro, dança, música, poesia, videastas/documentaristas, fotográfos, artistas plásticos, educadores, produtores culturais e líderes comunitários. Viemos de Aracaju, Pirambu, São Cristóvão, Socorro, Barra dos Coqueiros, Glória e trazemos no corpo e no imaginário a grande riqueza cultural que herdamos de nossos antepassados.
Para que o avanço da indústria cultural de massa não destrua essas tradições, alguns de nós, como a Organização Veredas da Cultura, o Projeto Ponto de Encontro Cultural e a Companhia teatral Pró-Cena priorizamos a realização de um trabalho de conscientização da juventude e da comunidade através de simpósios, oficinas, recitais de poesia, montagens de textos teatrais etc...
Para nós a arte é um meio poderoso de crescimento pessoal, pois resgata valores morais como amizade, responsabilidade, solidariedade; preenche o tempo ocioso, possibilita mudança de comportamento oferecendo novas perspectivas de vida e, em termos mais amplos, possibilita que crianças e jovens tomem conhecimento de seus direitos, além de levantar a auto-estima da comunidade e combater a marginalização e a violência.
Para melhorar a qualidade da produção cultural, promovemos capacitações e temos viajado bastante ,o que nos tem possibilitado adquirir experiências, ampliar currículo e até obter premiações. Percebemos o crescimento da consciência dos políticos em relação à importância da arte para o desenvolvimento, com destaque para o apoio do governo federal aos artistas emergentes através do programa Cultura Viva . Outro destaque é a iniciativa do Ministério da Cultura através da criação do Fundo de Previdência da Cultura (CulturaPrev) que garante uma aposentadoria digna para o artista.
No plano estadual e municipal as mudanças estão começando a acontecer com o inicio da articulação e organização dos artistas e grupos culturais de todas as áreas, como exemplo entre vários, podemos citar o projeto Ponto de Encontro Cultural, voltado para a divulgação das artes plásticas, música e literatura sergipana, notadamente a cultura popular através da literatura de cordel e a criação da ONG Ação Cultural a partir da Rede PROVAI. Percebemos também a ampliação do espaço na imprensa sergipana para a divulgação da produção artística local e o crescimento do interesse do público, o que sinaliza a possibilidade de se poder viver da arte. Há ainda alguns agentes culturais engajados como Zezito, que traz conhecimentos e experiências de outras cidades e os repassa para os artistas e produtores culturais emergentes.
Realizamos eventos de baixo custo, com muito esforço pessoal e sem depender do poder público e através deles mostramos cada vez mais um trabalho melhor e surpreendemos a comunidade mostrando do que somos capaz. Podemos destacar entre os mais recentes a Mostra Arte e Cidadania que reuniu grupos de teatro e dança de diversas comunidades no Teatro Juca Barreto (Cultart) e o Aplausart que trouxe para o Teatro Lourival Batista a Companhia teatral Pró Cena e a Companhia de dança Rick di Karllo do Conjunto Eduardo Gomes.
Um aspecto novo e positivo é a arte musical sergipana ocupar espaço na cena cultural internacional através das apresentações da dupla Chico Queiroga & Antônio Rogério no exterior.
2) Mesmo com essas conquistas e avanços ainda temos muitas dificuldades para vencer e muitos desafios para enfrentar. Os destaques são os seguintes:
2.1 - É preciso ampliar o trabalho de conscientização da juventude na perspectiva de valorização da cultura popular;
2.2 - É necessário produzir com qualidade e fortalecer a identidade cultural de nosso povo, atingindo uma população com a mente massificada pela cultura de consumo imediato (a pasteurização cultural);
2.3 - O poder público não conhece a riqueza da diversidade cultural e nem a valoriza, o que torna necessário o planejamento cultural e políticas públicas para promover as artes em geral;
2.4 - É preciso ampliar a quantidade de grupos articulados, através de fóruns e redes para possibilitar maior intercomunicação;
2.5 - É necessário democratizar as escolhas de vagas para viagens evitando não privilegiar sempre as mesmas pessoas ou os mesmos grupos. É necessário que os escolhidos para as viagens façam o repasse das informações contribuindo assim para socializar idéias e conhecimentos;
2.6 - É preciso superar o estrelismo e o individualismo existente no meio artístico;
2.7 - Falta amor próprio e auto respeito por parte dos artistas e produtores. Um exemplo é a falta de iniciativa de muitos artistas e grupos populares que ficam esperando o financiamento de projetos por parte do governo;
2.8 - Sofremos muito com o imediatismo do próprio artista, reconhecemos que precisamos nos organizar mais, e o fórum é o caminho para essa perspectiva de um futuro melhor;
2.9 - Há necessidade de unir os grupos para fortalecer as ações culturais;
2.10 - A dificuldade principal é buscar pessoas competentes para trabalhar com cultura junto a crianças e jovens;
2.11 - É necessário ampliar os espaços e oportunidade para obter formação;
2.12 - É necessária a discussão sobre os pré-requisitos para se ter acesso ao registro profissional como artista (DRT) de forma a torná-lo mais acessível;
2.13 - Há falta de espaços físicos;
2.14 - As escolas precisam cooperar mais;
2.15 - As comunidades precisam cooperar mais;
2.16 - É necessária maior abertura dos meios de comunicação para o artista emergente;
2.17 - Há necessidade de patrocínio;
2.18 - Há muito preconceito;
2.19 - É necessário incluir mais jovens nas ações culturais com o apoio da sociedade;
2.20 - Como conseguir incrementar projetos num ambiente avesso ao patrocínio cultural?
2.21 - Como enfrentar o descaso e a desvalorização dos órgãos culturais governamentais que valorizam mais o trabalho dos artistas de fora?
2.22 - O que mais nos deixa indignado é o não reconhecimento dos nossos trabalhos aos olhos da comunidade burguesa, da “Elite”. Produzir arte na periferia é complicado;
2.23 - Ha dificuldade em conseguir o apoio e firmar parcerias com o poder público, privado e terceiro setor, onde muitas vezes os projetos nem sequer são avaliados;
2.24 - É necessário dar continuidade e expandir os projetos existentes;
3) Para superarmos as dificuldades e desafios elencados acima desejamos contar com o apoio efetivo do poder público, da sociedade civil e das empresas, da seguinte forma:
3.1 - É fundamental que os recursos estatais destinados a cultura sejam liberados mediante editais de concursos públicos, com o mínimo de burocracia e com divulgação de forma mais ampla a fim de combater o apadrinhamento; e os recursos liberados devem ser bem fiscalizados afim de evitar possíveis desvios;
3.2 - Do poder público esperamos a criação de políticas de fomento à cultura popular que facilitem o envolvimento da iniciativa privada como patrocinador;
3.3 - Do poder público e da iniciativa privada esperamos o aumento da quantidade de recursos para a continuação dos trabalhos e atuações;
3.4 - Esperamos que sejam construídos e/ou disponibilizados espaços para a realização dos projetos de iniciativa da comunidade;
3.5 - É necessário diminuição da burocracia para se obter patrocínio. O Programa Cultura Viva (Pontos de Cultura) é um incentivo ou um desestímulo cultural? (Para as ações comunitárias e populares é inviável tamanha burocracia)
3.6 - É necessária uma maior divulgação da Lei de Incentivo à Cultura e maior abertura para o patrocínio por parte da iniciativa privada.
3.7 - Da Iniciativa privada, esperamos a participação na promoção cultural como contribuição para com a sociedade em que a empresa está inserida não deturpando os valores culturais que fortalecem a identidade cultural do nosso povo em favor de interesses comerciais imediatistas.
3.8 - Em relação às ONGs, a expectativa é que estas não se tornem, enquanto parceiras da produção cultural, apenas um meio de aparição política ou de perpetuação da mendicância, mas sim contribuintes para o desenvolvimento de nossa identidade cultural.
3.9 - As ONGs devem facilitar a aproximação do poder público e as iniciativas populares com ações sistemáticas, não ocasionais. Um exemplo é promover oficinas e cursos para melhorar a capacidade de criar projetos.
ORGANIZAÇÕES E GRUPOS PARTICIPANTES.
Sessenta e oito pessoas assinaram a lista de presença, desse total aproximadamente vinte e um dos presentes estiveram apenas como pessoa física, os demais estiveram representando as organizações e grupos culturais listados abaixo.
ONG AÇÃO CULTURAL (ARACAJU)
ORGANIZAÇÃO VEREDAS DA CULTURA (PIRAMBU)
INSTITUIÇÃO CULTURAL GAJEFIPE (ARACAJU)
GRUPO DE DANÇA ECARTE (SOCORRO)
GRUPO DE CAPOEIRA NINHO DOS CARCARÁS (ARACAJU)
GRUPO DE TEATRO FOCO (ARACAJU)
GRUPO TEATRAL ARTES (SOCORRO)
COMPANHIA DE ARTES PRÓ-CENA DE ESPETÁCULOS (SÃO CRISTÓVÃO)
COMPANHIA DE DANÇA RICK DI KARLLO (SÃO CRISTÓVÃO)
COMPANHIA DE DANÇA CRIAÇÃO DE MOVIMENTOS (ARACAJU)
ANS COMPANHIA DE DANÇA (SÃO CRISTÓVÃO)
SINDICATO DOS ARTISTAS E TÉCNICOS EM DIVERSÕES E ESPETÁCULOS – SATED - (SERGIPE)
SECRETARIA NACIONAL DE CULTURA DO PARTIDO DOS TRABALHADORES (SERGIPE/BRASIL)
FUNDAÇÃO DE CULTURA, ESPORTES E TURISMO DE ARACAJU – FUNCAJU - (ARACAJU)
COMPANHIA TEATRAL VOZ DA VIDA (ARACAJU)
JUVENTUDE FRANCISCANA (SERGIPE)
PROJETO PONTO DE ENCONTRO CULTURAL (ARACAJU)
GRUPO COMUNITÁRIO CONEXÃO COM A VIDA (ARACAJU)
ONG CRILIBER (ARACAJU)
COMUNIDADE BOM PASTOR (ARACAJU)
FEDERAÇÃO DAS COMUNIDADES INDEPENDENTES (SERGIPE)
PEPELÉGUAS PRODUÇÕES ARTÍSTICAS (ARACAJU)
CENTRO SERGIPANO DE EDUCAÇÃO POPULAR - CESEP - (SERGIPE)
ASSOCIAÇÃO DOS ARTISTAS PLÁSTICOS – ASAP - (SERGIPE)
ONG INSTITUTO DE ARTES CÊNICAS – IACEMA - (SERGIPE)
BIBLIOTECA MUNICIPAL CLODOMIR SILVA (ARACAJU)
Digitação
Irene do Socorro Smith Correia
Lucy Paixão
Revisão
Maxivel Ferreira da Paixão
Redação final
José de Oliveira Santos
Coordenação Geral do Fórum
José de Oliveira Santos “Zezito”
Carlos Augusto Real

POR UMA ARTE QUE LIBERTE

No Brasil milhões de adolescentes e jovens organizam-se para fazer arte. Quem quiser achá-los basta procurar nas periferias e cidades do interior deste imenso país, as noites e as tardes de sábados e domingos são os horários mais convenientes. Esse imenso contingente de pessoas ocupam principalmente os salões das igrejas, principalmente as católicas, escolas e sedes das associações comunitárias.
Em geral o poder público dá pouca atenção e muitas das vezes as autoridades dos municípios nem sequer sabe que esses grupos existem. São muito importantes e deveriam receber maior atenção da sociedade e do poder público porque representam uma resistência ao lixo cultural que entra de forma avassaladora nas casas da maioria da população e destrói de forma impiedosa o legado cultural que as gerações mais antigas nos deixaram e impõe a passividade e a exacerbação do desejo de consumir. Embora muitos busquem a reprodução dos estereótipos da industria cultural e dos modismos de ocasião, existe um grupo significativo que tenta remar contra a maré.
Na maioria dos casos fazendo arte a juventude interage com outros da mesma faixa etária, fazendo arte a juventude exercita o corpo e a mente, fazendo arte a juventude tem acesso a repertórios da cultura de outras regiões do Brasil e de outros países, fazendo arte a juventude aprimora o senso critico, fazendo arte a juventude aprende a ser solidária, a respeitar as diferenças, a cuidar do corpo etc..
No que depender das elites locais o jovem que for mais exigente e tiver uma tendência a gostar de arte e que quer ter acesso ao que a humanidade produziu de melhor neste campo, comerá o pão que o diabo amassou, biblioteca não tem e quando existe o acervo não é dos melhores, a maioria das salas de cinema foram fechadas, os espaços para apresentações artísticas na maioria é inexistente ou de condição precárias como palcos de clubes locais, pátios de escolas, frente de igrejas e o acesso a internet e TV a cabo é privilégio privativo das famílias mais abastadas.
Agora não falta apoio e incentivo para carnaval fora de época, serestas brega, festa do vaqueiro, feiras agropecuárias, cavalgadas e as inevitáveis festa do padroeiro, o São João no nordeste é imprescindível. Em todos esses eventos a marca inconfundível de uma série de bandas que se parecem tanto uma com as outras que lembram um ônibus cheio de japonês, chinês e coreano difícil distinguir quem é quem, tamanha repetição da fórmula do sucesso.
Uma parte significativa da juventude que produz arte é completamente avessa a esse tipo de produção cultural, mas se constitui em um pequeno grupo que busca outras formas de criação de uma rede social identitária.

“A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte.”

“A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte.”
Titãs

Os participantes do 2º Fórum de Políticas Publicas reunidos no dia 02 de agosto de 2003, no CAIC A. Rolemberg, para discutir formas de apoio ao trabalho com arte desenvolvidos por crianças e adolescentes residentes no Conjunto Jardim, vem a publico manifestar a necessidade do envolvimento urgente de toda a sociedade e de todas as esferas do governo para que as iniciativas de resgate a dignidade de centenas de crianças e adolescentes com arte sejam fortalecidas sob pena do agravamento da tragédia social que sacrifica milhares de vidas inocentes em nosso Pais.
Mas para isso como diz a letra da música “Até Quando - Gabriel, O Pensador”: “Na mudança de atitude, não há mal que não se mude, nem doença sem cura. Na mudança de postura a gente fica mais seguro, na mudança do presente a gente molda o futuro”. È preciso uma mudança de atitude das famílias, da sociedade e dos governantes. É necessário mudar a atitude de descaso, de desinteresse, de falta de atenção e incentivo, de falta de apoio material e financeiro. Por isso é urgente que Empresários, ONGs, Igrejas, Sindicatos, o Presidente Lula através dos Ministérios da Cultura, da Educação, da Ação Social e do Esporte. O Governador João Alves através dos órgãos similares e os Prefeitos reunam adolescentes, jovens e especialistas e destinem recursos para o investimento em políticas públicas que integrem a arte, a educação, o esporte, a saúde e a geração de emprego e renda.
E mais barato do que investir nas Febens, na Policia e nos Presídios. Não é custo e sim investimento revertendo a favor do desenvolvimento econômico e social do país.
A reflexão sobre o que fazemos e as propostas que elaboramos são as seguintes.

O que queremos atingir através do resultado do trabalho com Arte:
• Queremos que nossas crianças saibam valorizar a nossa cultura, que elas tenham historia para contar, para que não sejam futuramente jovens desregrados, adultos sem criatividade, e sejam vozes que protestem contra o que a mídia joga aos seus filhos: danças que não constroem, não ensinam, nem os estimulam a pensar, não incentiva a sua criatividade. Para que não se construam pessoas sem objetivos, crianças que são concebidas, não sejam rejeitadas desde o ventre e para que vidas não mais se destruam , para que assim cada um como o beija flor, faca a sua parte.
• A arte e uma maneira de retirar as pessoas das ruas, uma expressão de identidade de cada um. Uma maneira de resgate social, revelando um novo olhar sobre as relações do individuo na sociedade. E preciso despertar a sensibilidade para recuperar a humanidade do ser para com outro ser e com o universo;
• Queremos construir um futuro melhor, ao mostrar talentos no campo profissional;
• Queremos adquirir respeito, e acabar com a discriminação acerca dos jovens do Conjunto Jardim;
• Queremos transmitir alegria;
• Queremos levar uma mensagem clara de amor aos adolescentes e jovens;
• Queremos promover a união no bairro;
• Mostrar o que há de bom, o que o jovem do Conjunto Jardim tem a oferecer de melhor e dessa forma modificar a idéia que as pessoas tem sobre a violência no bairro.

Quais são as nossas dificuldades para atingir estes objetivos:
• Falta de valorização da comunidade e muitas vezes da família;
• A falta de incentivo da família e devido a dificuldades financeiras, os jovens precisam a começar a trabalhar cedo para ajudar na renda familiar, eles muita das vezes são chamados de vagabundos por fazerem parte de um grupo de arte e não trabalharem na maioria das vezes por falta de qualificação e oportunidade.
• Falta de espaço propicio para a pratica desportiva e para o trabalho artístico. O Conjunto Jardim necessita de quadras de esporte e da reforma e manutenção dos espaços já disponíveis de modo a permitir ensaios com segurança;
• Falta de apoio no que diz respeito a espaço físico, recursos financeiros, formação humana e técnica profissional na perspectiva de desmistificação da arte como forma de expressão de uma classe abastada, rompendo com o preconceito em relação aquilo que vem da periferia;
• Falta de espaço cultural para apresentações;
• Falta de apoio financeiro;
• Falta de materiais adequados;
• As escolas não trabalham conteúdos de danças populares;
• Falta de encontro de grupos artísticos (Festival de Arte, Mostra Cultural);
• Falta de união e respeito entre os grupos.

Sugestões para o Poder Publico, ONGs e Empresas:
• Fortalecer as organizações já existentes, grupos de dança, teatro, musica e capoeira;
• E necessário trazer para o Conjunto Jardim profissionais capacitados para dar aulas de teatro, musica, pintura, artesanato etc., de modo a não só afastar o jovem do ócio e da marginalidade, como propiciar uma profissionalização, ou seja, que o jovem possa encontrar na arte uma fonte de renda;
• Projetos que fomentem o desenvolvimento humano e social, despertando a auto-estima, valorizando a pessoa humana, e buscando descobrir a identidade cultural do bairro. Os projetos devem nascer da comunidade, ter os incentivos necessários, ser acompanhado por profissionais que tenham sensibilidade de respeitar o que e genuíno dos produtores em potencial que são os indivíduos envolvidos no projeto;
• Apoio cultural e financeiro, divulgação e trabalho feitos por esses grupos, criar um espaço cultural (academias, espaços para o lazer).

Como possibilidade de tornar possível a realização destas demandas apresentamos as seguintes alternativas:
Programa VAI – Programa de Valorização de Iniciativas Culturais – Tem como objetivo apoiar financeiramente por meio de subsidio, atividades artisitico-culturais, principalmente de jovens de baixa renda e de regiões do Município desprovidas de recursos e equipamentos culturais. Apresentado e aprovado na Câmara Municipal de São Paulo e sancionado pela Prefeita Marta Suplicy. Em Aracaju será apresentado na Câmara Municipal pelo Vereador Magal da Pastoral. Foi sugerida a extensão da proposta para todos o pais nos seminários promovidos pelo Ministério da Cultura em São Paulo e em Salvador, nesta ultima cidade a sugestão partiu do Coordenador Pedagógico do Projeto Ecarte, Professor Zezito. O projeto de lei será apresentado a Câmara Municipal de Socorro e a Assembléia Legislativa de Sergipe.
Bolsa Jovem – Sugestão apresentado pelo jornalista Gilberto Dimenstein, coordenador da Cidade Escola Aprendiz, através da internet aos candidatos a Presidência da Republica. A proposta inspirada no programa bolsa escola e Peti, propõe destinar um salário mínimo para os adolescentes e jovens estudantes que estejam envolvidos com a promoção de atividades artísticas e desportivas.
A proposta foi acatada, mas foi sugerido em termos emergenciais o seguinte:
Que o Estado e a Prefeitura contratem jovens protagonistas da ação cultural no Conjunto Jardim para desenvolver trabalhos nas Escolas, sendo que metade do tempo será dedicado as atividades de apoio à administração e a outra metade será destinada ao trabalho artístico com as crianças, adolescentes e jovens.
Esta proposta busca evitar que os coordenadores dos grupos desistam do trabalho com arte e cultura em virtude da necessidade de buscar trabalho no mercado formal e informal.
O principal argumento de defesa da idéia e o fato do trabalho desenvolvido pelos grupos representar um beneficio para toda a sociedade, na medida que evita o envolvimento de muitos adolescentes com drogas, com furtos e assaltos, previne a gravidez precoce, aumenta a auto estima etc.. Por isso e justo que o poder publico colabore desta forma
Programa Escolas da Paz – Este programa da Unesco, testado e aprovado no Rio de Janeiro, já extendido para outros Estados e Municípios tem como objetivo oferecer oportunidades de acesso à cultura, esporte, arte e lazer para jovens em situação de `vulnerabilidade social`, utilizando a estratégia de abrir escolas nos finais de semana – período de maior incidência de atos violentos envolvendo a juventude. Esta proposta amplia o trabalho desenvolvido pelos grupos em termos de quantidade de crianças e adolescentes atendidos, disponibiliza profissionais qualificados para dar suporte técnico às atividades, elabora um planejamento integrado, melhora os espaços físicos para a realização das atividades etc..

Participaram do evento 30 adolescentes e 10 jovens e adultos, envolvidos com as seguintes organizações.

Grupo de dança Ecarte, Grupo teatral Artes, Grupo Sest+dance, Grupo de dança Novos Talentos, Grupo de dança Leão Brasil , Grêmio Estudantil Zumbi dos Palmares. Professores e ex-professores do Colégio Leão Magno Brasil, Atuais e ex-integrantes da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Aracaju. Ex-integrante do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua e Movimento Sem Teto.



Agradecemos a Deus e a todos que colaboraram para o sucesso do evento


Nossa Senhora do Socorro, 04 de agosto de 2003

Claudionor dos Santos
Coordenador do II Fórum de Políticas Publicas

Professor Jose de Oliveira Santos – Zezito –
Coordenador Pedagógico do Projeto Estatuto da Criança e do Adolescente com Arte.

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

(Constituição Federal Art.227)

No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantido-se a estes a liberdade de criação e o acesso às fontes de cultura.
(ECA Art.58)

Os Municípios, com apoio dos Estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.
(ECA Art. 59)