No Brasil milhões de adolescentes e jovens organizam-se para fazer arte. Quem quiser achá-los basta procurar nas periferias e cidades do interior deste imenso país, as noites e as tardes de sábados e domingos são os horários mais convenientes. Esse imenso contingente de pessoas ocupam principalmente os salões das igrejas, principalmente as católicas, escolas e sedes das associações comunitárias.
Em geral o poder público dá pouca atenção e muitas das vezes as autoridades dos municípios nem sequer sabe que esses grupos existem. São muito importantes e deveriam receber maior atenção da sociedade e do poder público porque representam uma resistência ao lixo cultural que entra de forma avassaladora nas casas da maioria da população e destrói de forma impiedosa o legado cultural que as gerações mais antigas nos deixaram e impõe a passividade e a exacerbação do desejo de consumir. Embora muitos busquem a reprodução dos estereótipos da industria cultural e dos modismos de ocasião, existe um grupo significativo que tenta remar contra a maré.
Na maioria dos casos fazendo arte a juventude interage com outros da mesma faixa etária, fazendo arte a juventude exercita o corpo e a mente, fazendo arte a juventude tem acesso a repertórios da cultura de outras regiões do Brasil e de outros países, fazendo arte a juventude aprimora o senso critico, fazendo arte a juventude aprende a ser solidária, a respeitar as diferenças, a cuidar do corpo etc..
No que depender das elites locais o jovem que for mais exigente e tiver uma tendência a gostar de arte e que quer ter acesso ao que a humanidade produziu de melhor neste campo, comerá o pão que o diabo amassou, biblioteca não tem e quando existe o acervo não é dos melhores, a maioria das salas de cinema foram fechadas, os espaços para apresentações artísticas na maioria é inexistente ou de condição precárias como palcos de clubes locais, pátios de escolas, frente de igrejas e o acesso a internet e TV a cabo é privilégio privativo das famílias mais abastadas.
Agora não falta apoio e incentivo para carnaval fora de época, serestas brega, festa do vaqueiro, feiras agropecuárias, cavalgadas e as inevitáveis festa do padroeiro, o São João no nordeste é imprescindível. Em todos esses eventos a marca inconfundível de uma série de bandas que se parecem tanto uma com as outras que lembram um ônibus cheio de japonês, chinês e coreano difícil distinguir quem é quem, tamanha repetição da fórmula do sucesso.
Uma parte significativa da juventude que produz arte é completamente avessa a esse tipo de produção cultural, mas se constitui em um pequeno grupo que busca outras formas de criação de uma rede social identitária.
informações voltadas ao fortalecimento das ações culturais de base comunitária, contracultura, educação pública, educação popular, comunicação alternativa, teologia da libertação, memória histórica e economia solidária, assim como noticias e estudos referentes a análise de politica e gestão cultural, conjuntura, indústria cultural, direitos humanos, ecologia integral e etc., visando ao aumento de atividades que produzam geração de riqueza simbólica, afetiva e material = felicidade"
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